O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral.
O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som. Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear.
Cuidados após o Implante Coclear
Cuidados necessários para obter o funcionamento adequado do Implante Coclear, relacionadas aos aspectos ambientais:
Radiação Eletromagnética (monitores de televisão e computadores em funcionamento, forno de micro-ondas em funcionamento)
Os usuários de Implante Coclear devem evitar a aproximação direta à monitores de televisão, computadores e forno de micro-ondas quando os mesmos encontram-se em funcionamento, uma vez que a radiação eletromagnética presente nestes equipamentos pode ser capaz de alterar a função do circuito eletrônico do Implante Coclear e ocasionar alteração na qualidade do som e falha no envio da estimulação.
Sistema de Vigilância Eletrônica (lojas, supermercados e grandes magazines)
No momento em que os usuários de Implante Coclear passam com o dispositivo em funcionamento entre as barras de sistemas de Vigilância Eletrônica, presentes na grande maioria de lojas e supermercados, pode ocorrer uma sensação sonora distorcida. É aconselhável que o usuário desligue o processador de fala no momento em que ocorre a aproximação do sistema. Épouco provável que o Implante Coclear dispare o alarme presente nos sistemas de vigilância eletrônica.
Sistema de Detecção de Metais (bancos, aeroportos, etc)
Os materiais presentes no IC são capazes de ativar o sistema de detectores de metais. Assim sendo, o usuário deve apresentar a carteira de identificação do Implante Coclear fornecida pelo fabricante e entregue após a cirurgia.
Voos Aéreos
Como solicitado para qualquer equipamento eletrônico, o processador de fala do Implante Coclear deve ser desligado durante o pouso e decolagem de aeronaves.
Eletricidade Estática
A eletricidade estática é definida como o acúmulo de carga elétrica em uma pessoa ou objeto, capaz de criar um campo magnético. Níveis elevados de eletricidade estática podem danificar dispositivos eletrônicos, inclusive o Implante Coclear. Os Implantes Cocleares apresentam um circuito protetor contra este tipo de eletricidade, oferecendo um alto grau de proteção. No entanto alguns cuidados devem ser tomados: Colocação de tela protetora para o monitor do computador Retirar o processador de fala no momento em que as crianças usuárias de Implante Coclear estão em contato com piscina de bolinha e escorregador de plástico.
Ultrassom
A utilização de ultrassom terapêutico está contraindicada (proibida) em regiões próximas ao Implante Coclear. O ultrassom diagnóstico não oferece riscos aos usuários de Implante Coclear. No entanto, para a realização de qualquer procedimento que não seja considerado de rotina, é aconselhável que o usuário ou seus familiares, entrem em contato com a equipe do Programa de Implante Coclear.
Raio X
As doses de radiação utilizadas na radiologia médica não oferecem riscos aos usuários de Implante Coclear. No entanto, durante o procedimento, o componente externo do dispositivo deve permanecer desligado.
Luz Ultravioleta
A utilização de luz ultravioleta em clínicas odontológicas e camas solares não oferecem riscos aos usuários de Implante Coclear.
Bisturi Elétrico ou Eletrocautério
A utilização de bisturi elétrico ou eletrocautério em cirurgias está proibida em usuários de Implante Coclear. Para maiores informações, é aconselhável que o cirurgião entre em contato com a equipe de Implante Coclear.
Ressonância Magnética
Está proibido aos usuários de Implante Coclear tanto a realização da ressonância magnética, bem como a entrada em salas em que este procedimento é realizado. Em indivíduos usuários do sistema Nucleus 24, em situações em que se faz de extrema necessidade a realização deste procedimento, existe a possibilidade de remoção do magneto interno por meio de uma pequena cirurgia.
Labirintite é um termo popular, usado geralmente para designar distúrbios relacionados ao nosso equilíbrio e audição. Sendo assim, uma labirintite pode significar tontura, vertigens, zumbido, desequilíbrio e várias outras formas de mal estar. Na verdade, o termo correto a ser usado é labirintopatia, que significa doença do labirinto.
Nosso ouvido possui dois componentes distintos: a cóclea (ou caracol), que é responsável pela nossa audição e o vestíbulo, que é responsável pelo nosso equilíbrio. Juntos, cóclea e vestíbulo formam o labirinto. O comprometimento desses componentes, individual ou separadamente, vai provocar sintomas como tonturas, desequilíbrio, surdez ou zumbido.
Esses sintomas aparecem porque nosso cérebro recebe informações erradas a respeito da nossa posição no espaço, geradas pelo labirinto doente, e como resultado, temos uma “alucinação de movimento”. Essa alucinação pode sugerir que estamos rodando (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrados (desvio de marcha), flutuando (falta de firmeza nos passos) ou ouvindo assobios, motores, etc.(zumbido).
Quais são as causas das doenças do labirinto?
São várias as causas das doenças labirínticas. As vezes tonturas e vertigens podem significar o primeiro sinal de alguma doença importante. Nosso ouvido é um consumidor voraz de energia e depende de suprimento constante de açúcar e oxigênio. Qualquer fator que impeça a chegada ou o consumo adequado desses elementos, é gerador de tontura. O exemplo mais clássico disso é a tontura que acontece após ficarmos muito tempo em jejum.
Entre as inúmeras causas de problemas labirínticos podemos citar:
doenças preexistentes como diabetes, hipertensão, reumatismos, etc. utilização de drogas que chamamos ototóxicas , como alguns antibióticos e anti-inflamatórios que alteram as funções do ouvido. alterações bruscas da pressão barométrica, como no mergulho e nos aviões. infecções por vírus ou bactérias. alterações do metabolismo orgânico. doenças próprias do ouvido. hábitos, como o excesso de cafeína, tabagismo, álcool ou drogas. aterosclerose. traumas sonoros. problemas de coluna cervical e articulação da mandíbula. stress e problemas psicológicos.. Traumatismos na cabeça.
Sim. Embora todas as causas referidas anteriormente sejam mais frequentes no adulto, podem ocorrer também na criança. Você deve consultar um médico otorrinolaringologista, especialista em doenças do labirinto, se o seu filho apresenta dificuldade em participar das brincadeiras que outras crianças da mesma idade realizam com facilidade. A criança com problemas de equilíbrio têm dificuldade para andar de bicicleta, pular amarelinha, pular elástico e qualquer brincadeira que precise de um controle postural mais elaborado.
Dificilmente a criança se queixa de tontura. Geralmente é a mãe que observa as alterações de comportamento, o isolamento da criança dos amiguinhos, dificuldade escolar, embora sua inteligência seja normal.
Eu posso prevenir o aparecimento das labirintites?
Certamente! O melhor conselho que você pode receber é: TENHA UMA VIDA SAUDÁVEL! Observe alguns aspectos em sua vida e veja de que forma você pode se ajudar:
- Evite os maus hábitos . Conforme já vimos, o cigarro, o álcool e o excesso de cafeína podem influenciar negativamente na tontura e no zumbido.
- Faça exercícios físicos . Está cientificamente provado que o exercício bem indicado melhora os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, diminui o risco de doenças cardíacas, previne a obesidade e fortalece a musculatura. Você evita problemas metabólicos e portanto a tontura. A caminhada é a melhor opção.
- Fracione a sua dieta. Procure alimentar-se a cada três horas, evitando grandes quantidades de comida. O excesso de sal e açúcar não são recomendados. Abuse das frutas, legumes, leite e verduras.
- Tome muito líquido. São recomendados dois litros de água por dia. A maior filtração renal elimina as toxinas acumuladas pelo organismo.
- RELAXE . O stress piora qualquer condição orgânica, inclusive a tontura. Procure ter alguns momentos reservados para o seu lazer.
Otorrinopediatria é uma área médica onde o médico é especializado em otorrinolaringologia (médico otorrinolaringologista) e cuida de crianças. Ou seja, é uma área médica que trata do nariz, ouvido e garganta das crianças.
Lógico que sim! Antes de focar seus conhecimentos nas doenças das crianças, ele é um otorrinolaringologista, com conhecimento em todas as áreas da otorrinolaringologia, independente da idade.
Alguns motivos podem justificar essa maior incidência de gripes e resfriados na otorrinopediatria:
Um dos principais motivos, é que o sistema imunológico (de defesa) da criança ainda é imaturo e ainda está em desenvolvimento. Dessa forma, é frequente encontrar nas crianças uma “imunodeficiência transitória”; ou seja, uma fragilidade do sistema de defesa facilitando as infecções virais de repetição. Assim que as crianças se tornam maiores, no entanto, o sistema imunológico amadurece, e a infecções são reduzidas.
Outro motivo que não podemos descartar, é que as crianças tendem a viver agrupadas, sem cuidados gerais de transmissão de doenças entre elas. É comum os pais relatarem que desde que seu filho entrou na escola apresenta infecções de ouvido, nariz ou garganta com maior frequência. Uma criança fica resfriada na escola e é natural que passe para todas as outras que estão mais próximas e que não tem o costume de lavar as mãos ou proteger os colegas durante uma tosse ou um espirro.
Quando a adenoide fica inflamada e com infecção, podemos dizer que a criança está com “adenoidite”. Criança com “adenoidite” pode apresentar sintomas semelhantes a um quadro de sinusite, podendo apresentar tosse, nariz encatarrado, congestão nasal, congestão facial e até febre. Geralmente os pais relatam que seu filho está sempre “encatarrado” e/ou com uma tosse crônica.
Hoje sabemos, que a adenoide, mesmo pequena, pode funcionar como um reservatório crônico de bactérias. Estudos mostram que essas bactérias se unem e formam uma cápsula protetora ao seu redor, de forma a ficarem mais protegidas contra antibióticos e outros tratamentos. Se os antibióticos não fazem efeito, a inflamação e a infecção na adenoide perpetuam, e a criança fica com sintomas crônicos, como se tivesse sinusite crônica. Nestes casos, o tratamento mais efetivo é a remoção da adenoide da criança, através de cirurgia (adenoidectomia). Trata-se de uma cirurgia que não causa dor, a criança recebe alta no mesmo dia podendo comer e brincar normalmente. Um dos maiores receios dos pais é em relação à anestesia. No entanto, hoje a anestesia é muito segura, e a Equipe anestésica sempre passa no quarto do Hospital para dar tranquilidade aos pais e criar afinidade com a criança, antes da cirurgia. Somente após receber um xarope que induz o sono na criança, a mesma é encaminhada ao centro cirúrgico, de forma a não lembrar desse momento que pode gerar ansiedade e desconforto. No mesmo dia a criança recebe alta, podendo se recuperar em sua própria casa. Um ponto é certo: o tratamento cirúrgico da adenoidite é uma das cirurgias em que mais rápido a melhora da criança é observada dentro da otorrinopediatria. A criança fica feliz porque consegue dormir e respirar melhor; os pais ficam felizes porque observam a melhora da qualidade de vida de seu filho e é lógico que o otorrinopediatra fica feliz em ter contribuído com a saúde da criança.
É normal o encontro da adenóide aumentada em crianças aproximadamente entre 2-7anos de idade. Quando a adenóide aumenta de tamanho e não causa problemas respiratórios na criança, podemos simplesmente observar e aguardar sua redução e desaparecimento. Por outro lado, quando a adenóide aumenta de tamanho de forma severa, pode levar a obstrução respiratória da criança. Nestes casos, a criança passa a ter dificuldades para respirar pelo nariz, passa a respirar pela boca, a roncar e babar enquanto dorme. O sono ineficiente pode levar a sonolência diurna ou, paradoxalmente, hiperatividade. Por não conseguir respirar adequadamente pelo nariz, pode ter dificuldades para se alimentar, deixando inclusive de ganhar peso. Esse quadro é bastante freqüente na otorrinopediatria, e o tratamento, excluída outras causas de respiração oral, é a cirurgia de remoção da adenóide (adenoidectomia).
A criança respiradora oral é caracterizada por apresentar dificuldades em respirar pelo nariz, substituindo a respiração nasal pela respiração oral. Isso pode gerar uma série de conseqüências como boca seca, ardor, língua saburrosa, gengivites, mau hálito, faringites, rouquidão e tosse.
A obstrução nasal (nariz tampado) também pode acarretar alterações do ouvido, assim como alterações do sono, irritabilidade, cansaço, perda de apetite, perda de peso e etc. O ar que não é aquecido e filtrado no nariz chega nos pulmões mais frio e seco, favorecendo uma hiperreatividade dos brônquios podendo levar a quadros de broncoespasmo, representado pelo chiado no peito da criança que pode evoluir com asma.
Dessa forma, a otorrinopediatria é responsável em avaliar esses pacientes, tentar encontrar a causa para a respiração oral e tratá-los da forma mais adequada.
As principais causas que geram respiração oral na otorrino pediatria são as mesmas que causam o nariz tampado na criança.
Assim, nos recém nascidos, a obstrução nasal pode ocorrer por alterações congênitas como a presença de atresia de coanas e meningoencefaloceles; ou até mesmo por um desvio de septo nasal que tenha ocorrido durante um trauma em um parto mais difícil.
Bebês pequenos apresentam a fossa nasal muito estreita, e pequena quantidade de secreção que se forma no nariz, pode ser o suficiente para tampar a respiração do mesmo. É conhecido como rinite do lactente, e melhora conforme a criança vai ganhando peso e altura.
A rinite alérgica é muito prevalente na infância e pode causar sensação de nariz tampado e consequente respiração oral . Geralmente acompanha outros sintomas como coceira no nariz e olhos, coriza e espirros.
O aumento da adenoide (também conhecida como “carne esponjosa” na cultura popular também deve ser pesquisada pelo médico otorrinopediatra como causa frequente de respiração oral na infância.
Mais raramente, tumores benignos e malignos do nariz e dos seios da face também devem ser investigados, e geralmente causam sensação de nariz tampado unilateral.
As doenças da otorrinopediatria que devem ser tratadas cirurgicamente para a melhora da respiração oral são:
Alterações congênitas (cirurgia da correção da atresia de coanas, cirurgia de remoção de meningoceles e meningoencefaloceles, cirurgia de remoção de gliomas e cistos dermoides)
Desvios de septos traumáticos (cirurgia de correção do desvio de septo nasal- septoplastia)
Aumento das adenóides (cirurgia de remoção das adenóides – adenoidectomia)
Tumores benignos, como os pólipos coanais, e tumores malignos do nariz e seios da face (cirurgia de ressecção do tumor)
Sim. Trata-se de uma cirurgia realizada por dentro do nariz (endonasal) que utiliza uma câmera (endoscópio) de modo que toda a cirurgia é transmitida para uma televisão. Dessa forma, todas as estruturas do nariz e dos seios paranasais são observadas diretamente, de forma segura, sem cicatrizes externas. Por causa do uso do endoscópio, a área cirúrgica da rinologia da otorrinopediatria apresentou uma grande evolução nos últimos anos, de forma que a maioria das cirurgias são feitas por dentro do nariz, com o uso do endoscópio. A remoção das adenóides (adenoidectomia), por exemplo, hoje pode ser feita com visão completa da adenóide e das estruturas ao seu redor, através de uma câmera que é colocada pela boca da criança, utilizando-se um instrumento chamado microdebridador, capaz de triturar e aspirar a adenóide, sem gerar nenhuma dor para a criança após a cirurgia.
A principal inovação vista na otorrinopediatria, nos últimos anos, na área da otologia, é o implante coclear. Trata-se de um pequeno aparelho colocado dentro do ouvido da criança, especificamente na cóclea, que estimula o nervo da audição da criança a escutar o som que chega a seus ouvidos. Esta cirurgia é indicada às crianças que apresentam dificuldade de ouvir (surdez) e que não melhoraram com a prótese auditiva.